Os primeiros meses de 2022

Doações ajudam a alimentar mais de 300 crianças e adultos

Ter uma casa digna e com amplo conforto é um desejo comum. Luiz, Denise e Ariele sonham com isso, ter uma família unida morando em uma casa melhor. Lá eles poderiam prover segurança e conforto a sua avó Daiane na esperança de vê-la sorrir genuinamente mais uma vez. Ela os fez acreditar em um futuro melhor aconselhando-os a estudar para prosperar por meio de melhores oportunidades de trabalho.


Daiane tem um filho e duas filhas que não conseguem cumprir com obrigações e responsabilidades por serem usuários de drogas. Mesmo depois de várias conversas, de coração para coração, sobre as consequências do vício e a necessidade de aceitar tratamento, eles falharam em se livrar das drogas. Ela ainda tem esperanças de que um dia eles procurarão ajuda e terão chances de uma recuperação a longo prazo. Seus filhos moram em Tupaciguara e se mantém em contato, mas devido a essa situação, Daiane ficou com a custódia legal dos netos.


Daiane tem lutado a maior parte de sua vida em criar seus filhos e seus netos. Ela costumava trabalhar como doméstica em períodos nos quais tentava se recuperar de condições persistentes de saúde. Hoje em dia, sua renda gira em torno da venda de tapetes de tecido que ela faz em casa. Embora ela receba uma cesta de alimentos do governo a cada dois meses, sua família tem dependido do nosso apoio alimentar há décadas. Além da família de Daiane, temos o compromisso de entregar pelo menos uma cesta básica de alimentos quando recebemos um pedido de ajuda.


No último trimestre, nossa equipe de 22 voluntários entregou mensalmente 110 cestas básicas para 110 famílias cadastradas, incluindo 334 pessoas. Além disso, na época da Páscoa, 89 famílias, 165 pessoas, receberam doações natalinas como panetones, chocolates, doces e outras mercadorias em espécie. Nove famílias com 20 crianças e 18 adultos foram adicionadas ao nosso cadastro.


Infelizmente, ficamos aquém em ajudar 49 famílias devido ao aumento da demanda e à baixa oferta. No entanto, há uma expectativa de melhora no próximo trimestre graças ao apoio de novos doadores e ao comprometimento de nossa equipe. Ao longo dos anos temos aprendido várias lições por interagir com nossos beneficiários. Então, esperamos que outras pessoas também possam encontrar sua própria motivação, a exemplo dos netos de Daiane, para se tornarem independentes do apoio alimentar.