Julho e agosto de 2022

Alimentos aliviam desespero de mães solteiras

Ela olha para eles dormindo em um colchão compartilhado e não há comida suficiente nem segurança para oferecer. Cristina é uma mãe solteira de 34 anos vivendo com sete filhos na pobreza, preocupada com o futuro e todas as coisas ruins que ela antecipadamente sabe que poderão acontecer. Seus pensamentos estão voltados para a sobrevivência da família, sendo difícil reconhecer qualquer outra opção além de pedir por compaixão. Cristina precisou trocar os estudos por trabalho quando estava na oitava série para garantir seu sustento. Ela trabalhou na roça durante anos e mudou-se para a cidade na esperança de que seus filhos pudessem ter uma chance melhor na vida. No entanto, agora ela se encontra sem condições de trabalhar, presa em uma situação que muitas vezes a leva ao desespero e à tristeza. Tem sido um grande problema sustentar tudo isso de uma vez.


Atualmente, eles moram juntos em uma casa bem simples com alguns pertences que os permitem cozinhar e descansar. Cristina acorda cedo todas as manhãs, guiada pela perseverança, em busca de soluções para suas vidas. Diante de tamanha dificuldade, ela age positivamente porque estar com seus filhos é o que mais importa. Além disso, ela se vê como uma pessoa afortunada por ter dado à luz a sete filhos saudáveis, momentos de muita felicidade. Izabela, a filha mais velha que ajuda a cuidar dos menores, nasceu quando Cristina tinha 19 anos. Desde então, ela tem sido gentil e eles parecem dedicados uns aos outros. As boas lembranças que Cristina guarda da infância, quando morava com seus pais, a fortalecem e mantêm vivo seu antigo sonho de ter uma casa.


Na cidade onde a família de Cristina escolheu para morar, 6 em cada 10 famílias chefiadas por mulheres estão abaixo da linha de pobreza. O problema é ainda pior quando seus filhos não possuem certidões de nascimento, porque isso as impede de conseguir assistência pública. Cristina tem contado conosco para começar o seu dia, assim como outras 300 mulheres e 600 crianças em nosso cadastro familiar. Os recursos para ajudá-los são provenientes do projeto “Alimente 300 Famílias em Tupaciguara Brasil” que atendeu um total de 1.180 pessoas carentes nos meses de julho e agosto. As cestas de alimentos que nossos voluntários entregaram em suas casas foram uma ajuda emergencial, mas também um vislumbre de luz no fim do túnel para quem sonha em ver seus filhos prosperarem.


A gestão de recursos foi melhorada e isso nos coloca um passo à frente para que o objetivo do projeto seja atingido. O cronograma de entrega das cestas também foi ampliado porque trabalhamos com um número maior de voluntários em relação ao bimestre anterior. Porém, nada disso seria possível sem o apoio dos nossos doadores mensais e de todos os outros doadores. Nossa vontade é sobrepor os estereótipos sobre famílias de mães solteiras e ajudá-las a sair da pobreza. Como você deve saber, algo assim exige uma série de ações sustentáveis para a qual não estamos preparados, mas isso não significa que não possamos começar agora oferecendo alimentos para que elas tenham paz de espírito ao adormecer com seus filhos.